ROMA, 17 de mai de 2005 às 13:38
O jornalista italiano Renzo Allegri revelou esta semana que o rumor do Papa João Paulo II que escapava" disfarçado para esquiar no Grande Sasso dos Abruzos, ao nordeste de Roma, era certo.Em 18 de maio, dia em que João Paulo II faria 85 anos, a região dos Abruzos rebatizará o pico conhecido como "Gendarme" com o nome de "Pico João Paulo II".
Segundo Allegri, o evento tem feito a muitos locais recordar a beleza deste pico solitário "que se aprecia muito bem de uma pequena igreja dedicada a São Pedro, no povo de San Pietro della Ienca di Camarda, onde João Paulo II, conforme recordam os discretos residentes, parava com freqüência para rezar.
O jornalista assinala que João Paulo II tinha sido informado da iniciativa de rebatizar a colina, e que, por este motivo, existiu um intercâmbio epistolar entre o Vaticano e as autoridades regionais.
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"É precisamente do conteúdo de uma destas cartas do Vaticano onde se recolhe um significativo detalhe até agora desconhecido", assinala Allegri.
Efetivamente uma carta enviada pela Secretaria de Estado em 17 de março de 2005 assinada pelo Arcebispo Leonardo Sandri, confirma implicitamente as "escapadas do Papa" quando assinala textualmente que "sempre recordando suas numerosas excursões a aquela localidade de montanha, detendo-se freqüentemente na igreja de San Pietro della Ienca, Sua Santidade assegura sua lembrança na oração".
"As visitas de João Paulo II ao Grande Sasso, portanto, não foram ‘algumas’ mas sim ‘várias", destaca o jornalista italiano, que teve acesso ao documento oficial.
Allegri confirmou a informação das "escapadas" do Papa com um "Monsenhor" local que pediu permanecer no anonimato: "O Papa passava nestas montanhas dias inteiros, inclusive em absoluta reserva".